sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Machismo

Essa dissertação também foi para a aula de filosofia. O detalhe é que ela está incompleta e sem bibliografia, logo porque não encontrei o arquivo em que finalizo a redação. Mas enfim, Boa Leitura.


HISTÓRIA DO MACHISMO
De início, machismo esta relacionado ao sistema patriarcal, muito freqüente em religiões do oriente próximo (por exemplo, no Alcorão é ensinado que o pai é o líder da família sob todos os aspectos, na Torat o machismo também esta presente, vemos ali relatado que foi primeiramente o homem que pariu a mulher, utilizando uma de suas costelas.)
Mas o machismo é de tempos mais remotos. Nunca se soube de fato sua origem, (se é que há uma) mas  partindo do pré- suposto que machismo é conseqüência de épocas variáveis, no Egito Antigo 70 A.C, estava no poder a egípcia Cleópatra, mas muito antes disto, no Neolítico o trabalho era dividido entre homens e mulheres. Os homens cuidam da segurança, caça e pesca, enquanto as mulheres plantam, colhem e educam os filhos, mas curiosamente neste mesmo período, arqueólogos registram uma religião a ser cultuada sobre uma mulher. Foram descobertas no abrigo de rochas Cro-Magnon em Les Eyzies a adoração de estatuetas femininas. A cultura greco-romana também destaca o machismo(checar perído), muitos filósofos como Aristóteles levava em consideração que a mulher era somente um homem mal formado, e que as características de um filho se baseava no pai pelo fato do sêmen vir deste, e não da mulher.
 Privadas dos estudos, conhecimento, poder em geral, a mulher que antes não refletia sobre esse cenário, depois de longos anos, na década de 90, uniões feministas unifiram-se em busca de reinvidicação dos direitos da mulher tanto no ambiente sócio-familiar quanto no mercado de trabalho.
Erroneamente,os adeptos do patriarcalismo acham que as feministas querem inverter as coisas e dominar sobre os homens. Mesmo porque, sair de um extremo e ir para outro oposto, não é dar solução; na verdade é mudar de problema.





AGRESSÕES FÍSICAS E PSICOLÓGICAS

Começar com o dilema de que toda agressão  não só traz dor física como também emocional, explica parte do sofrimento vivido entre mulheres.
Também é importante enfatizar que a mulher não deve ser vista somente como uma “vítima” da agressão, na verdade em uma relação com o agressor, sentimentos de traumas, desejos de construção do lar familiar, fazem a vítima virar facilmente uma “cúmplice” do crime.
Mulheres que fazem denúncia a delegacia, logo depois, retiram a queixa. Ou há aquelas também que fogem para uma casa de abrigo, e algum tempo depois voltam ao seu lar com o agressor.
Levamos em consideração que quando a agressão psicológica domina a física, a situação do sofrimento da vítima se torna cíclica, tais críticas como: “Você precisa cozinhar”,  “Nosso filho está assim por sua culpa”, “Trabalhar o que?... Vai lavar louça!” discretamente se tornam agressões mais densas, e repressivas.
Considera-se a dependência econômica da mulher fator muito responsável por esse medo de denunciar. Em parte, um agressor vai se revelando aos poucos, e se a vítima foi levando na maré, ela se tornou mais cúmplice do que agredida. Essa posição de passividade pode vir a ter sérias conseqüências tanto na mulher quanto aos filhos que assistem a rotina.
Tipicamente, essa violência domiciliar é encarada por muitos como uma manifestação masculina para “resolução dos conflitos”. O que na verdade começa na infância passou a ser direito para atos violentos, o menino cresce tendendo a reprimir formas de emoção como afeto, amizade, amor e estimulado a exprimir outros como agressividade, raiva etc.                   Há estudos na genética que tentam explicar tais capacidades extremas de brutalidade e sadismo mas o costume é tão normalmente aceito que se torna alvo de estudos científicos.




Machismo Oculto/Evidente

Ao oculto não me refiro à maneira de nascer machista, mas sim as formas de manifestações do machismo. (até porque essa é uma idéia que Milton Maciel talvez tentou usar para amenizar o machismo e retirar a culpa do homem em sua obra A Bela morde a Fera.)
Muito se relaciona a desigualdade de classes com o tipo de agressão do patriarcal, o que de fato não é mentira e também não é totalmente verdade. O motivo desta aparente contradição tem as suas justificativas baseadas principalmente na educação. Muitas vezes, Meninas são condicionadas por mães inconscientemente machistas; são dominadas por pais e irmãos ostensivamente machistas e, embora manifestem toda a frustração e revolta que sentem por causa disso, acabam por se conformar ao mesmo velho jogo. Mas não estou excluindo a agressão das classes altas que muitas vezes acabam realmente em morte. O que na verdade estou envolvendo é a questão do Machismo Oculto/Evidente. É muito comum observar mulheres de classes baixas serem inferiorizadas por maridos e também por outras mulheres de classes altas. O que de fato nada muda, pois ambas podem estar passando pelo mesmo conflito, com um único diferencial: uma apresenta a agressão machista evidente, e a outra oculta.
Isso é de muita importância, pois a proliferação do machismo adquire diversos meios. Uma mulher mais humilde apresentaria seu preconceito por se submeter a cuidar da casa e dos filhos, já a mulher mais rica sempre estaria querendo ficar cada dia mais estética e esbelta para seu marido, e não para ela mesma.
E  como responder à uma pergunta sobre mulheres machistas? É com os mecanismos influenciadores que vamos entender...



Ironia da Mulher Machista: a influência da mídia, escola, família e comunidades
A mídia em geral é muito colada ao poder  Executivo, Legislativo e Judiciário e há ainda, um forte desequilíbrio sobre a visão da mídia/mulher e mídia/homem. Alem dos diversos estereótipos para beleza, a mídia quase te pressiona a ser como eles querem. Fazendo a mulher se inferiorizar perante diversas modelos propostas na televisão. Desta maneira subitamente o machismo é novamente convocado.
Ou quando programas típicos nas tardes de Domingo, usam mulheres sorridentes dançando para o programa talvez se tornar um pouco excitante. Mas o que na verdade é passado embaixo de panos é a imagem da mulher somente como beleza, e nada como intelecto.
Frases que escapam das apresentadoras como: “ Então mulheres, nossas cozinhas...”  “Ah, os homens  não entendem nada de SPA”  são comuns e aceitas facilmente tanto pelo público masculino, como feminino.
Falta de sensualidade na mulher se tornou alvo de ridicularização, e muito intelecto, de idiotice e status anti-social. Mulheres machistas adotam isto com muita tranqüilidade  e conforto, até porque se intelectualizar “soa” mais que uma academia.
                                                                                        Beatriz Rocha Rodrigues;

4 comentários:

  1. Textos bem elaborados. Parabéns. Da hora o teu blog, Beatriz. Encontrei-o através do ateus.net. Sou seu seguidor nesse site.

    http://philosophie-filosofia.blogspot.com

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  2. Belo desabafo Bia, gostei muito que você postou isso, e que você seja uma mulher que tenha conciência que o machismo é na sociedade, mulher libertária!

    Muito bom mocinha ;D !!!

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  3. Olá Bia..Obrigada pelo comentário. Seu blog é muito bom e vou segui-lo. Ótimos textos e gostei muito da maneira que você aborda os assuntos.
    www.cavernainterior.blogspot.com

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  4. Realmente parece paradoxal que o machismo seja também tão presente na maioria das mulheres.

    Parabéns pelo texto minha cara!

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